
Você já ouviu falar em grounding? Esse termo, que pode ser traduzido como “enraizamento” ou “aterramento”, é amplamente utilizado na psicologia e em práticas de bem-estar para descrever técnicas que ajudam a trazer a atenção para o momento presente, conectando a mente ao corpo e à realidade ao nosso redor.
Grounding: O que é e para que serve?
No mundo acelerado em que vivemos, é comum nos sentirmos sobrecarregados, ansiosos ou desconectados. O grounding é uma ferramenta poderosa para nos ajudar a reencontrar o equilíbrio e recuperar a sensação de segurança. Neste artigo, vamos explorar o que é o grounding, como ele funciona e para que ele serve.
O que é grounding?
Grounding é o nome dado a um conjunto de técnicas que ajudam a “aterrar” nossa mente no presente. A ideia principal é sair da agitação mental — frequentemente associada à ansiedade ou a pensamentos intrusivos — e trazer o foco para o corpo, os sentidos ou o ambiente ao nosso redor.
Essas práticas estão enraizadas em abordagens terapêuticas, como a Gestalt-terapia e as técnicas somáticas, além de serem amplamente utilizadas em terapias voltadas para traumas e transtornos de ansiedade.
Para que serve o grounding?
O grounding pode ser útil em diversas situações, como:
- Reduzir a ansiedade: Ele ajuda a desacelerar pensamentos acelerados, trazendo a atenção para o momento presente e reduzindo a preocupação com o futuro.
- Gerenciar crises emocionais: Em momentos de sobrecarga emocional, as técnicas de grounding podem proporcionar um senso imediato de controle e estabilidade.
- Aliviar sintomas de dissociação: Para pessoas que experimentam sensações de estar “desconectadas” de si mesmas ou do mundo, essas práticas ajudam a trazer a sensação de “voltar ao corpo”.
- Melhorar o foco: Em situações de dispersão ou dificuldade de concentração, o grounding pode ajudar a retomar a atenção plena.
- Promover o relaxamento: Algumas técnicas de grounding também podem ser utilizadas como estratégias de relaxamento, ajudando a diminuir tensão muscular e estresse.
Técnicas simples de grounding
Existem muitas formas de praticar o grounding, e elas podem ser adaptadas para diferentes contextos e preferências pessoais. Aqui estão algumas das mais comuns:
- Respiração consciente: Respire profundamente, prestando atenção ao movimento do ar entrando e saindo do seu corpo. Isso ajuda a desacelerar a mente e focar no presente.
- Exercício dos cinco sentidos: Identifique cinco coisas que você pode ver, quatro que pode tocar, três que pode ouvir, duas que pode cheirar e uma que pode provar.
- Contato com a natureza: Caminhar descalço na grama, tocar árvores ou sentir a água corrente de um riacho pode ajudar a aumentar a sensação de conexão e calma.
- Nomeie o que é real: Em um momento de ansiedade, descreva o ambiente ao seu redor em voz alta. Por exemplo: “Eu estou em uma sala, sentada em uma cadeira, e a mesa à minha frente é marrom.”
Benefícios do grounding na psicoterapia
Para além de ser uma prática autônoma que qualquer pessoa pode aprender, o grounding é frequentemente utilizado como uma ferramenta terapêutica. Psicólogos incorporam essas técnicas em sessões para ajudar pacientes a lidarem com questões como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), ataques de pânico e outras situações que envolvam forte ativação emocional.
O grounding é uma prática simples, mas incrivelmente eficaz, que pode ser utilizada em diversos momentos do dia a dia. Ele nos ajuda a desacelerar, reconectar com o presente e encontrar estabilidade emocional. Seja como uma ferramenta de autocuidado ou como parte de um processo terapêutico, o grounding oferece um caminho acessível para o bem-estar.
Experimente algumas dessas técnicas e perceba como pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença na sua rotina e qualidade de vida.